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Uma Alma Dividida Entre Dois Mundos


Nymuë ²

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Capitulo 7 – O reflexo da nova vida

 

Victoria corria por meio das arvores eu cercavam a Vila dos Orcs, já não sabia onde estava, o chão já não era de grama verde e pisoteada como nos arredores da Vila, estava seco, com mais areia e terra do que grama, as arvores começavam a ficar escassas mais à frente

A jovem se recostou em uma arvore, as lagrimas não paravam de escorrer, estava cansada, com dores pelo corpo, suas pernas haviam sido feridas pelos Goblins que a atacaram enquanto corria. Exausta, Victoria acabou adormecendo.

 

-         Hei, acorde!

Uma voz feminina chamava-a.

-         Mocinha?

-         S...Sim. – Respondeu Victoria, ainda com os olhos pesados de sono.

-         Que bom que acordou! O que faz aqui há essa hora?

Victoria olhou em volta, o Sol já estava se pondo, devia ter dormido a tarde inteira.

-         Bem, na verdade eu... – e parou um pouco envergonhada – eu me perdi.

-         A coitadinha! Para onde estava indo? Para Morroc?

Só então Victoria parou para olhar a moça que a acordara, uma sacerdotisa, seu vestido longo, púrpuro parecia um pouco desgastado, em suas mãos levava um cajado com algumas argolas e cristais na ponta, seus cabelos, brancos, caiam sob seus ombros, parecia não ter mais do que 20 anos de idade, em suma uma mulher muito bonita.

-         Não eu, - respondeu Victoria um pouco hesitante – eu ia para Comodo! Para a academia de Odaliscas.

-         Claro, como não percebi, uma menina linda como você deve mesmo pertencer a uma academia tão interessante! Quer que eu abra um portal para lá?

-         Por favor, quanto devo lhe pagar?

-         Ora imagine! Não é mais que minha obrigação.

A sacerdotisa retirou um pequeno cristal azul de sua bolsa, e ao jogá-lo no chão a luz do portal começou a se formar.

-         Comodo! – Falou a sacerdotisa, e o portal se abriu. – Entre.

-         Muito obrigado senhorita...

-         Niely pode me chamar de Ny.

-         Obrigada – Agradeceu Victoria sorrindo ao entrar no portal.

 

Comodo, a cidade da noite eterna. Victoria ficou deslumbrada ao sair do portal, o céu negro repleto de estrelas, luzes coloridas por toda parte, pessoas corriam para todos os lados terminando os preparativos das festas que se iniciariam logo mais. A cidade parecia estar localizada em uma baia, cercada por três cavernas, com paredes altas que provavelmente nem pássaros ou monstros voadores conseguiam alcançar, no litoral estava localizado o centro “noturno” de Comodo, onde as grandes festas e apresentações eram realizadas, mais ao fundo algumas casas e muitas estalagens, ao leste da área urbana de Comodo estava localizada a guilda das Odaliscas, e quase encostada na caverna norte um camping, onde aventureiros que não podiam ou queriam ficar em estalagens acampavam.

Victoria estava suja de terra, suas pernas machucadas agora estavam com fios de sangue seco, causaria uma péssima impressão na guilda, mas não tinha alternativa, não iria voltar ao salão de Eleonor tão cedo, não queria sequer falar de Kauã, quanto mais correr o risco de encontrá-lo.

 

Victoria entrou na guilda das Odaliscas deslumbrada, o hall de entrada era amplo havia brilho por toda parte, era realmente uma academia de estrelas.

-         O que deseja senhorita? – perguntou um senhor atrás do balcão –

-         Eu gostaria de me inscrever para a academia senhor.

-         Não acha que ainda é muito nova querida? – indagou desconfiado-

-         Não! Garanto que estou apta a me tornar uma odalisca!

-         Esta bem, esta bem, - interrompeu o senhor pegando alguns papeis - sou Bor Roben, responsável pela inscrição para a academia. Por favor, preencha esta ficha sim?

Victoria pegou o papel da mão do senhor e foi preenchê-lo em uma pequena mesinha que havia perto da entrada da Guilda.

Victoria achou aquele formulário muito estranho, alem das perguntas normais como nome, cidade, data de formatura como arqueira havia perguntas como estado civil, locais de treinamento, experiência, domínio de certas habilidades. Perguntas que ela não compreendia para que serviriam em um formulário.

Victoria se dirigiu ao balcão e entregou o formulário novamente a Bor Roben.

-         A nova turma se inicia em uma semana, sugiro que fique em uma estalagem, pois o camping não é muito seguro para moças bonitas, se é que me entende. O curso dura dois meses, neste período de tempo você se hospedara aqui na academia. Deve se apresentar daqui... Oito dias neste mesmo saguão as nove da manha para o inicio do curso, não permitimos animais nos quartos então se tiver algum animalzinho deiche-o com sua família. Ah sim deseja pagar a inscrição agora?

-         È... Claro. – respondeu Victoria ainda um pouco desorientada com todo aquele falatório.

-         500 zenys!

Victoria pagou Bor Robem, que lhe deu um recibo, ‘Comprovante de inscrição na Academia de dançarinas de Comodo’.

-         Mais uma coisa. – continuou o senhor.

-         Sim?

-         Se arrume e cuide destes ferimentos! E quer uma dica? Jogue este trapinho que os arqueiros chamam de uniforme fora! Esta em ruínas menina! Há um salão a algumas quadras daqui, sugiro que de uma passada lá antes do inicio do curso, senhorita Bowarju é muito exigente com suas alunas!

-         Ah claro. - disse Victoria sem jeito - É que tive alguns problemas ao vir para cá...

Disse já saindo da guilda, precisava antes de tudo, de um bom banho, e de uma cama confortável. Amanha que sabe iria se preocupar com roupas e cabelos.

 

Victoria não sabia se já havia amanhecido já que em Comodo era sempre noite, sabia que passara muito tempo dormindo, havia tempo que ela não passava uma noite sob um teto decente. A estalagem de Comodo era simples, sem muito luxo, mas para uma semana só estava muito boa.

A Jovem levantou da cama, acendeu as pequenas lamparinas do quarto, 11 horas, já estava tarde, tinha muito que fazer nesta semana. Victoria prendeu os cabelos como de costume, pensou em colocar seu uniforme para treinar mais um pouco, mas seria vergonhoso sair do quarto com as roupas inteiras manchadas de sangue, as armaduras amassadas e aljaves riscadas, por fim, pois um de seus vestidos e uma sandália.

Era estranho andar por Comodo, Victoria sabia que era quase hora do almoço, mas o céu escuro deixava-a confusa quanto a isto. Ela se dirigiu ao salão, não era tão grande e sofisticado quando o Jojovich, mas dava para o gasto, e em pouco mais de uma hora Victoria já estava com seu esplendor restaurado, os cabelos já estavam novamente cor de rosa e hidratados, pernas e braços lisos e unhas feitas. Realmente devia ter causado uma péssima impressão ao entrar na guilda desgrenhada daquela maneira.

 

Victoria acordou animada, Devia se apresentar na guilda dentro de quase uma hora, fora uma noite agitada, a menina não conseguia parar de pensar o que Rob acharia dela, depois de se formar na guilda. Provavelmente não teria o mesmo pensamento de Kauã, “Já que é um bardo deve compreender todas as formas de arte...” pensava Victoria enquanto prendia seus cabelos.

A movimentação na guilda era grande, em torno de 30 ou 40 jovens esperavam no saguão, aparentavam ser mais velhas que Victoria, que se sentiu um pouco deslocada em meio às moças com cabelos presos com elegância, algumas com equipamentos raros, Victoria chegou a reparar em duas moças que usavam alianças de casamento em suas mãos delicadas.

-         Senhoritas, atenção, por favor! – Falava Bor Roben, em cima de uma cadeira – Venham ate o balcão retirar seu material, dentro das caixas está as chaves de seus respectivos quartos, vocês terão 15 minutos para se instalarem e vestirem seus uniformes, a senhorita Alexandra as aguardara na sala à direita do nadar acima, desejo a todas um bom curso!

Victoria se dirigiu a fila que se formava atrás do balcão, em poucos minutos tinha em suas mãos uma grande caixa de papelão e a chave do quarto 29, o qual Victoria se dirigiu rapidamente, não desejava se atrasar logo para a primeira aula.

O quarto que Victoria ocupara na Guilda era magnífico, muito diferente das instalações simples de Payon, o quarto era todo em tom de perola, a cama era grande e luxuosa, uma das paredes era totalmente coberta por um imenso espelho. Victoria acendeu as lamparinas espelhadas que ficavam junto à cama e começou a examinar o conteúdo da caixa, havia um livro de capa dourada “A Arte da Dança”, um caderno simples com seu nome marcado na capa, algumas penas, dois tinteiros, uma corda trançada que Victoria presumia ser para os treinos com chicote, e o uniforme, uma calça bege que ia ate metade da batata da perna de Victoria, com um elástico na barra para que ficasse rente a perna, um lenço vermelho e um bustie da mesma cor da calça repleto de elásticos para que se fixasse no busto da jovem. Victoria se vestiu rapidamente e desceu para sua primeira aula.

Aquela parecia ser a sala de aulas teóricas do curso, havia varias mesinhas e cadeiras enfileiradas em frente de uma lousa.

Logo em seguida de Victoria entrou na sala uma moça, que aparentava ter 25 ou 26 anos no máximo, tinha cabelos loiros repicados na altura do queixo, era alta e magra, uma dançarina perfeita.

-         Bom dia meninas! – disse animadamente - Sou Alexandra, vou revezar suas aulas com a senhorita Bowarju, mas, por favor, me chamem de Ale. Bom primeiramente eu vou explicar-lhes como funciona nossa academia...

Victoria nunca imaginou como a academia de odaliscas fosse ser tão diferente da guilda dos arqueiros, lá aprendiam ataques básicos e estratégias de ataque, aqui, pelo que percebera, Victoria teria que aprender a interpretar sentimentos, atacar com mais de uma arma contar historia e o mais importante dançar!

Algumas regras e exigências da academia pareciam estranhas para Victoria, era estranho proibir as moças de se encontrarem com seus namorados e maridos, ou usar acessórios na guilda, não podiam ter distrações deviam se concentrar totalmente ao estudo e aperfeiçoamento de suas habilidades.

-         Bem meninas, vamos começar a aula então, - começou Ale – Como sabem os bardos e odaliscas são conhecidos principalmente por seus dons de cantar ou dançar e contar histórias, mas para essas atividades é preciso, antes de tudo, desinibição! Não conseguirão passar no teste se estiverem com vergonha dos olhares curiosos. Então vamos começar com um exercício simples, cada uma de vocês vem aqui na frente se apresentar para a turma, dar algumas informações básicas como nome, idade e contar um pouco sua historia, de onde vem, como decidiu se tornar uma odalisca, enfim, sua pequena historia de vida. Você, isso você de orelhas de coelho, pode começar!

“Sou Andressa, sou de Alberta, acho que decidi entrar para a academia porque não tenho vocação para matar como caçadoras, e arcos são as armas que manejo com maior facilidade...

Entrei na guilda porque quero ser famosa em toda Midgard...

Acho que só estou aqui para ganhar dinheiro com a profissão mesmo...

Bom, acho que decidi me tornar uma odalisca porque sempre gostei de dançar...

Entrei na academia porque acho fascinante o modo que as odaliscas podem alegrar multidões...”

Victoria chegou a ficar pasma com a historia de algumas das meninas, duas chegaram a fugir de casa para entrarem na Guilda, outras demonstravam tanto amor pela profissão que os olhos chegavam a encher d’água ao falarem, do mesmo modo que algumas estavam ali só pelo dinheiro que a profissão podia render se mal interpretada, mas todas tinham algo em comum, um passado, falavam sobre como seus pais sonhavam que se tornassem sacerdotisas, cavaleiras, como brigaram pelo direito de entrar na guilda, como seria gratificante voltar para casa com o uniforme novo ou mesmo de como suas mães choraram ao se despedir delas na porta do campo de Treinamento. Victoria não tinha nada disto para contar, sua historia foi uma das mais curtas da sala, e uma das mais estranhas, no final ela sentiu como se estivesse viva há apenas alguns meses, e isto era extremamente desagradável, como ela queria poder ter falado de sua família, como ela queria poder se lembrar deles...

 

Um mês já havia se passado, Victoria já tinha aperfeiçoado algumas danças a ponto de superar algumas das odaliscas formadas há meses. Talvez porque não gostasse de ir às festas, preferia deixar isso para quando fosse formada, agora sua mente estava totalmente voltada a arte da dança, seu mundo agora ser resumia em chicotes, flechas, lenços, instrumentos e ritmo.

Por vezes Victoria se dava ao luxo de sair da Guilda, para mandar cartas a Rob, ou descansar a beira do mar. Durante o “dia” Comodo parecia calma, apenas algumas pessoas arrumavam os palcos e mesas, a maioria dos viajantes estava dormindo, cansados das farras, a monotonia só era quebrada por alguns guerreiros que se dirigiam as cavernas ou as lojas de armas e algumas vezes pelos barcos que trazia novos hospedes a cidade da noite eterna.

A praia de Comodo era o local preferido de Victoria, nas poucas tardes livres que tinha, a menina sentava se com os pés na água e observava o vai e vem das ondas.

Mas hoje era uma terde especial, as aulas de duetos se iniciariam. Bardos da academia de musica iriam se hospedar na guilda as odaliscas por três semanas, ‘Tempo suficiente para se aperfeiçoar os complicados ritmos dos instrumentos’, segundo Borwaju.

Quem sabe o bardo Rob Wood não venha com eles? Victoria sabia que isto era praticamente impossível, por mais que ela quisesse mostrar a ele tudo que aprenderá, alguma coisa a segurava, ela não havia contado ao amigo que havia entrado na guilda das odaliscas, queria surpreende-lo, que sabe ele viesse a Comodo no dia de sua estréia e a visse no palco, talvez com todos os olhares voltados a ela ele a olhasse de uma maneira diferente.

As aulas com os aprendizes de bardo eram as mais divertidas, alguns simplesmente paravam de tocar para observar sua parceira dançando, para Borwaju isto era gratificante, já o instrutor dos bardos parecia aborrecido ao ver seus alunos hipnotizados por lenços e snujs.

Em pouco mais de uma semana e meia Victoria já havia conseguido entoar todos os duetos, bastava agora aperfeiçoa-los, coisa que não devia ser feita na guilda. Com todos os passos de dança e os entonamentos aprendidos, Victoria e cerca de mais 10 alunas foram liberadas, podia se dedicar a ensaios com acessórios, ataques com chicote ou ter boas noites de sono, o que muitas não tinham graças as aulas durante o dia e as farras da noite.

Finalmente chegou o tão esperado dia, dois meses de treinos seria em fim posto a prova. Victoria vestir seu antigo uniforme de Arqueira. Estava surrado, seria vergonhoso andar pela guilda daquele modo, por fim jogou seu manto por cima dos ombros e se dirigiu a recepção, onde a Srta. Ale a aguardava para passar as instruções de seu teste.

-         Bom dia Srta. Victoria, - disse animada a instrutora – pronta a para o teste?

-         Mais do que nunca!

-         Ótimo! Aqui esta a primeira fase do seu teste, me traga 10 Punhados de Cabelos Morenos, cinco Peles de Minhoca, dois Cascos de Ostra e vejamos... A sim a taxa de dez mil zenys.

Victoria retirou o dinheiro de sua bolsa, era uma boa quantia, mais valeria à pena.

 

O farol de Comodo, ao longe Victoria podia ver as praias quase vazias, era horário de almoço todos deviam estar descansando. O sol estava a pino, a ponto de Victoria ter de tirar sua capa, uma leve idéia de comprar os cascos na loja de conchas que havia em Comodo lhe passou pela cabeça, mais Urick a havia ensinado que capa item pedido pela guilda é para provar o valor e a eficácia do treinamento do candidato, e eram só dois cascos de ostra, não iria ser muito difícil.

Não demorou muito e Victoria já voltava em direção a Kafra do farol com os dois pequenos cascos em sua bolsa, o calor estava insuportável, com certeza ir para o deserto de Sogra agora caçar Hodes não era a melhor das opções, a caverna da Payon parecia muito mais agradável.

 

 

Já em Payon, os olhos de Victoria brilharam ao ver novamente as grandes árvores e o imponente palácio ao norte. Victoria percebera o quanto sentia saudades daquela cidade, da calma, em Comodo as noites eram barulhentas fechou os olhos e se lembrou das calmas noites que passara conversando com Rob em frente à estalagem, da imagem das folhas das grandes arvores balançando sob o vento da madrugada. As outras candidatas a Odaliscas sempre brincavam com Victoria, dizendo que uma dançarina não podia ser tão calma e disciplinada mais algo impedia Victoria de cometer as insanidades que as outras consideravam normais, talvez por ser mais nova, já que nem ela mesma sabia exatamente sua idade, ou talvez porque havia se acostumado com a calma da cidade dos bosques, mesmo na Vila dos Orcs ela conseguia encontrar a calma nas frias noites olhando as estrelas.

Alguns minutos de caminhada e Victoria estava a frente da caverna de Payon, seus olhos percorriam o campo em frente à caverna.

Ora por que eu o acharia aqui, deve estar longe, longe de mim...

Os olhos de Victoria se encheram de lagrimas, contidas por um longo suspiro, não tinha por que chorar, logo seria uma odalisca e todos a admirariam, a jovem retirou um pequeno frasco da bolsa, o liquido esverdeado desceu queimando sua garganta, ela sabia que não era necessário se preparar para a entrada da caverna, mais os esqueletos de elite eram perigosos, se aparecesse algum queria estar preparada, mais uma mancha ou corte em seu uniforme seria humilhante na Guilda.

A sensação de estar em uma caverna longe do sol e da gritaria dos mercadores seria agradável caso o forte odor de sangue podre não se impregnasse no ar, não demorou muito para Victoria avistar os primeiros esqueletos soldados. Victoria conseguia se esquivar dos soldados mais por vezes as flechas dos arqueiros riscavam-lhe a pele.

Uma odalisca com cicatrizes! Vou realmente ser excepcional!

Pensou irritada após retirar uma ponta de flecha de sua coxa. Algumas Munaks e Bonguns caídos atrás de Victoria e finalmente o portal do andar onde viviam as Sohees. Victoria não tinha uma noção muito exata do tempo que ficara ali, mas pareceu que um pouco menos de uma hora já estava com os punhados de cabelos.

A menina retirou uma pequena asa de borboleta da bolsa e assim que a apertou sentiu seu corpo se elevar novamente ate a Vila dos Arqueiros. Ali algumas das moças da academia de Odaliscas compravam os cabelos morenos de aventureiros, o que deixou Victoria enojada, já estava entardecendo, o deserto devia estar um pouco mais fresco, Victoria seguiu ate a Kafra e fora teleportada ate Morroc, a cidade oásis.

Victoria ficou pasma ao pisar em Morroc, havia um contraste chocante, perto das grandes fontes do centro da cidade, havia grandes casas, algumas com estandartes de clãs, outras pareciam ser de famílias muito ricas, já ao se aproximar dos muros as casas iam ficando mais simples. Havia lojas por todos os lados, as que mais chamaram a atenção de Victoria foram as de Jóias, eram realmente deslumbrantes! Victoria vendeu alguns dos itens que havia conseguido na caverna, comprou uma garrafinha de água e seguiu para o deserto.

Mesmo ao entardecer o deserto de Sograt era extremamente quente, para Victoria foi um alivio pegar a ultima pele em meio a areia, mais uma asa de borboleta e desta vez estava em frente a Guilda das odaliscas.

-         Aqui esta. – disse colocando os itens em cima do balcão-

-         Ora, ora senhorita Victoria, parabéns! Deixe me conferir... Tudo certo amanha às 11 horas da manha você fará sua prova teórica, aconselho dar uma olhada em seu caderno, à tarde a prova pratica. Aqui esta a seqüência de movimentos. – disse Ale entregando uma folha de papel a Victoria, que cansada acenou com a cabeça e subiu para o quarto.

Depois de um bom banho e de alguns minutos arrumando os cabelos cuidadosamente em uma trança Victoria desceu ate a praia com o guia do teste pratico em mãos, Logo a cidade ficaria cheia e Victoria não teria paz, resolveu ficar por perto da estalagem, a jovem sentou se em um banco de madeira e começou a ler o formulário.

 

Guia do Teste Final – Academia de Arte e Dança de Comodo

Guilda das Odaliscas - Provas de Junho

 

As candidatas a Odaliscas devem se apresentar no palco de ensaios às 2 horas da tarde, devem trajar as vestes de treino da Guilda e trazer consigo a nota da prova teórica a ser realizada mais cedo no mesmo dia, seu arco, um chicote de treinamento e uma aljave com algumas flechas.

 

1ª Parte: Dança Solo.

Teste ministrado pela Srta. Borwaju.

Serão dadas diferentes direções, a candidata de vê se mover de acordo com a indicação improvisando os movimentos na passagem de local, durante a apresentação serão obrigatórios o entonamento da dança Cigana, Não me Abandones, Sibilo, Dança do ventre e Beijo da sorte. Ao final será invocado um monstro no palco, a candidata devera encerrar sua apresentação imediatamente e atacar com o arco.

 

2ª Parte: Duetos

Teste ministrado pela Srta. Borwaju e o Sr. Bor Roben.

A candidata deve realizar um dueto de sua preferência com o Sr. Victor, professor de harpa da academia de Arte e Musica de Comodo, durante o dueto Será invocado um monstro que deve ser destruído pela técnica “Estilingue” sem que a dança seja interrompida.

 

                                                                                Boa sorte a todas.

                                                                             Borwaju e Alexandra

 

Victoria sentia um frio extremamente desagradável na boca do estomago, a sala que sempre era animada e faladeira antes do inicio das aulas estava silenciosa, todas pareciam estar apreensivas.

-         Bom dia garotas! – disse Ale ao entrar animadamente na sala – espero que todas estejam afiadas. – completou enquanto entregava as provas.

Não que as questões estivessem difíceis, Victoria respondeu a maioria com grande facilidade, mas a idéia de que se errasse algo vital na prova seria reprovada a apavorava, não queria ter que esperar mais um mês para refazer o teste.

-         O tempo acabou, devolvam as provas!

Victoria entregou suas folhas, estava tranqüila havia respondido todas as questões, e tinha certeza de que o resultado seria satisfatório.

Victoria não havia conseguido comer muito no almoço, estava ansiosa para o teste pratico, Borwaju estava ali parada em frente ao palco conversando com Bor Roben, Victoria fora a primeira a chegar para o teste.

-         Olá. – disse encabulada –

-         Ola, Vi, quer começar seu teste? – perguntou sorrindo a mestra das danças.

Victoria acenou com a cabeça e entregou um envelope à senhorita.

-         Nossa! 10! – disse Borwaju mostrando a prova a Bor Roben – Vamos suba no palco. Vou começar. Cinco, seis, sete, oito esquerda, direita, para cima, esquerda, direita, encima embaixo, direita... Esquerda, cima, baixo, agora ataque o Poring!

Victoria já estava tonta de tanto girar abaixar e entonar os mais variados tipos de danças, o movimento de encerramento foi extremamente marcante, e mais que rápido uma flecha voou em direção ao Poring que explodiu.

-         Excelente! – disse Bor roben batendo palmas –

-         Sim, sim muito bom, vá tomar uma água querida enquanto eu e Bor Roben discutimos sua atuação.

Algumas meninas chegavam enquanto Victoria se recompunha e se sentavam em frente o palco, alguns minutos sentada e Victoria já estava novamente no palco.

-         Então querida o que vai apresentar como dueto? – perguntou Borwaju-

-         Vou apresentar a Canção Preciosa. – respondeu Victoria enquanto arrumava o chicote de maneira estratégica nas vestes.

-         Certo. Cinco, seis, sete, oito!

Terminada a contagem Victor começou a tocar a balada forte da canção preciosa, enquanto assistia a apresentação de Victoria Borwaju tentava imaginar por que aquele dueto? Não era muito usado, poucas eram as que conseguiam interpretá-lo, mais os movimentos fortes e cheios de expressão de Victoria fizeram surgir pouco a pouco a névoa meio azul meio vermelha no palco, que parecia conter milhares de cristais, encantada Borwaju se esquecera de invocar um monstro.

-         Ataque! – Anunciou Bor Roben invocando um lunático no palco –

Com extrema graça uma flecha voou do chicote de Victoria e acertou o lunático que caiu no palco. A apresentação continuou por alguns segundo ate que Victoria terminou um ultimo andedã e se curvou para os mestres.

-         Ótimo! – exclamou Borwaju animada – Com certeza você promete muito Victoria. Esta dispensada pode voltar para seus aposentos a chamaremos mais tarde.

Victoria subiu para seu quarto, animada, estava muito proxima de se tornar uma Odalisca.

A noite foi calma, apenas alguns avisos, e o anuncio as aprovadas, Victoria como esperado passou com ótimas notas. O dia seguinte seria calmo, se não fosse pelo anuncio de que o salão Jojovich viria ate a guilda preparar as formandas para a primeira apresentação, um súbito medo tomou conta de Victoria, a última pessoa que desejava ver era Kauã e se ele viesse?

 

A guilda estada em alvoroço, mulheres corriam de um lado para o outro arrumando cabelos, unhas, olhos e etc. Victoria passava calmamente os olhos pelo salão a procura de Eleonor.

-         Querida! – gritou a mulher loira a alguns metros – Por Odin uma odalisca! Venha, venha eu mesma vou cuidar de você!

Victoria ficou um pouco encabulada com toda atenção que recebia de Eleonor, algumas meninas pareciam olhar lhe torto, como se ficassem indignadas por uma menina receber mais atenção que elas, já moças.

-         Que cabelo ein? – disse Eleonor.

-         É... Não tive muito tempo para cuidar dele...

-         O que acha – disse cortando Victoria – de mudarmos a cor? Uma nova vida merece um visual novo!

-         Você já me disse isso! – respondeu Victoria rindo – faça o que quiser, meu cabelo é todo seu!

Duas horas se passaram ate que Victoria pudesse se olhar no espelho. O cabelo estava roxo bem escuro, sua pele voltara a ficar macia e lisa as unhas bem feitas e pela primeira vez estava maquiada.

-         Você ficou linda! – Disse Eleonor admirando sua “obra”.

-         Eu adorei! Eleonor como eu faço para me maquiar assim?

-         Tome. – disse a mulher entregando a Victoria um caixa media – um presente de hmm, formatura

-         Obrigada! – disse Victoria enquanto admirava o belo estojo de maquiagem que a caixa continha.

 

 

A sala de aula estava silenciosa, todas as moças já muito bem arrumadas estavam sentadas em suas cadeiras esperando a entrega de seus uniformes.

-         Bem, para começar devo parabenizar a todas – começou Borwaju – sei que trabalharam muito para este dia chegar, todas foram excelentes alunas, eu e Srta. Ale estamos muito orgulhosas de vocês! Lembrem se que a partir de hoje vocês são odaliscas, devem levar alegria a todos os que dela precisarem, sem deixarem de lado a responsabilidade, nunca desonrem sua guilda, nem difamem suas colegas. Parabéns, a partir de agora vocês são odaliscas!

O pequeno discurso foi seguido de palmas e abraços, Victoria pegou seu novo uniforme e subiu para o quarto se trocar.

O uniforme de Odalisca era totalmente diferente do de Arqueira, o busto era tampado apenas por um bustie dourado, uma calça branca um pouco transparente, um véu com medalhas por trás da calça e um cinto de argolas douradas com uma pedra de rubi completavam o traje, nos pés uma sandália de salto também dourada, jogado nos braços um lenço bordado com algumas medalhas, duas fitas azuis com as pontas decoradas que se prendiam ao bustie, e dava um charme especial à roupa, e por fim três grossos colares de ouro cobriam quase todo o pescoço de Victoria, seguidos por uma corrente com um pingente de rubi formando um losango. Victoria se olhou no espelho, estava linda. Mesmo seu corpo não sendo cheio de curvas como o de algumas moças ela possuía um encanto e uma beleza toda especial.

Falta alguma coisa...

Pensava Victoria enquanto se olhava, ate ver no reflexo do espelho seu colar em cima da cama, o pingente de coração. Victoria o colocou e se admirou no espelho, estava impecável!

-         Senhorita! Vamos, sua apresentação já vai começar.

Victoria desceu as escadas da guilda e correu para o palco central de Comodo, as apresentações eram alternadas, cada odalisca dançava em media 2 minutos.

-         Como quer ser anunciada? – perguntou o jovem mestre de cerimônias.

-         O que?

-         Seu nome artístico? Qual será?

-         Hmm, Vitorinha! – respondeu com um sorriso.

-         Certo, entre.

Vitorinha! Victoria entrou no palco sorrindo, havia conseguido, era uma odalisca.

______________________

Pronto, ca esta o cap 7 \o/. Espero que gostem (Y)

A sim reply ai povo quero saber uq estaum achando ^^

=**

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ô Draken, não fala do que você não sabe ok? Eu pedi pra ela revisar de novo antes de postar mais creio que vc não fez ne Nyu? Agora Draken, pra sua informação ela pediu pra eu revisar sim, é não é "REVISORES" e sim "revisora" ok? E de graças, se não vc ia ver "é" com crase, enton xiu.

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"è"?

Putz. XD

Ta, mas você deixou escapar umas coisinhas brabas sakura., por exemplo tem a palavra "nadar" onde deveria ser "andar". E tem cada barbaridade com os verbos -.-

E tem isto:

Victoria corria por meio das arvores eu cercavam a Vila dos Orcs, já não sabia onde estava, o chão já não era de grama verde e pisoteada como nos arredores da Vila, estava seco, com mais areia e terra do que grama, as arvores começavam a ficar escassas mais à frente

Então, atente para 3 pontos:

1- árvores tem acento.

2- "Vitoria corria por meio das árvores" o correto seria, "por entre as árvores".

3- o PONTO no final do paragrafo, plz.

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Draken, PROVE que vc é tão bom assim, namb. Ainda não vi uma fic sua, ficou com medo das criticas é? Nossa, to passada! E todos os textos tem erros, pegue um livro, leia com MUUUUITA atenção, tenho certeza que vc vai ver um errinho aqui e lá e eu sou humana, tbm erro sabia? Não sou androide igual Sobek.

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@ Kaeus: tenha certeza d ke n vo abandonar a fic ^^

@ Draken: obrigado por mostras estes errinhos, ja mando pm pro Sobek mudar o "nadar", agora quanto a consultar revisores e errinhos bobos tenho certeza de que a sakura se esforçou muito para revisar a fic, quanto a mim sou pessima em portugues e tenho um serio problema com crases [ neh sakura? =X], mas creio que a fic esteja compreensivel neh? de qualquer modo presto mais atençao e se vc estiver online t passo p dar uma olhada okay (Y).

@ Sakura: dei umarelida na fic mais como eu acabo me prendendo mais no sentido da historia d nos erros u.U,  da proxima eu pego minhas folhinhas de portugues na hora de revisar (Y)

A tds os outros ki leraum, ty por lerem minha ficzinha ^^

=**

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Draken, PROVE que vc é tão bom assim, namb. Ainda não vi uma fic sua, ficou com medo das criticas é? Nossa, to passada! E todos os textos tem erros, pegue um livro, leia com MUUUUITA atenção, tenho certeza que vc vai ver um errinho aqui e lá e eu sou humana, tbm erro sabia? Não sou androide igual Sobek.

Ermm...

Calma Sakura, o Draken tá falando na brincadeira.

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Kaeus eu tenhu ke concordar com a Sakura, quado vi os replys dessi ultimo cap tava na casa do Engel, foi .. decepcionante ver os posts do Draken, da a impressaum dq que a fic nunca vai ta boa o suficiente. Mas... prefiro acreditar que ela so faz isso p ver a qualidade da fic subindo e etc.. msm assim é chato p mim e imagino ki p Sakura ki é revisora tbm devi ser pessimo.

=*

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Ta, desculpem eu sou meio rigido mas cresci desse modo ta bom, tem gente critica saindo pelo ladrão aqui. Por tudo o que me consta criticas são um incentivo para as pessoas melhorarem. Eu sou assim porque gosto da sua fic, e quero ver você se tornar uma excelente escritora.

Mas talvez eu seja um pouco exagerado... não da pra ignorar que a Sakura tem 11 anos, creio que isso, da pra esquecer mas não ignorar, e isso limita um pouco a qualidade gramatical dela.

Então, peço desculpas, não vou colocar a costumeira critica no próximo cápitulo está certo?

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*-* brigado Draken, pra mim foi um surto d felicidade ve aki ki vc gosta da minhafic pq.. tava achandu ki vc tinha pegado ela p cristo sabi.. tipo, a akela ali ta ruim msm vo mete o pau. E  ty por prometer pegar leve no prox cap ^^

ps: ahan eu sei uq é crescer d uma maneira rigida a c sei -.-

ps ²: meo a hora ki eu fui fala c vc no encontro d RP meu pc caiu [/snif] i agora qdo eu vo ve meu critico mais temido pessoalment...[/snif]² * o drama viu -.-*

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AI MEU DEUS!Q DEMORA! E EU ACHANDO Q C TINHA SIDO ATINGIDA POR UMA BOMBA IRAKIANA OU POR UM ONIBUS EM CHAMAS!OUPIOR UMA MULA VOADORA!MALDITAS MULAS VOADORAS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!(chora)Mas enfim,gostei do novo cap,e se tem k mostrar de novo os otro personagem.

 

 

Kiss:Na Moral!

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Ki bom ke vc gostou ^^, os outros personagens da fic começaum a aparecer mais no prox cap ^^

Tipo assim... na antiga Payon havia um NPC, que nao me lembro o nome, ele falava que a familia dele comprava couro dos caçadores para fazer bolsas para gatunos, bolsas sem fundo onde eles podiam guardar todos seus tesouros e espolios... se nao me engano era isso ai msm

Dai eu e minhe mante fertil começamos a makinar na aula de filosofia * sim pq é la ki vem minha inspiraçaum na maioria da vesis* Se ele pode fazer bolsas "sem fundo" para gatunos, pq nao aljaves? bolsas de caça? bolsas p poçoes? ajudaria muito naum? *

Em resumo nao que as bolsas " não tenhaum fundo" elas tem um fundo "magico" como um.. buraco negro *o.O* da p carregar mtas flechas na aljave, ou muitos items nas bolsas e nao ficar pesado maaaaaaaaas tem uma hpora que ela enche * tipo um +50% saca?*.  Entendeu?

E sim eu realmente BRISO com algumas ideias, é o jeitu Vih / Nymue de ser ^^'

=**

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Isso foi.. hmm intereçante... [ risada malefica estilo Laura Victoria ], Draken sendo corrigido pela Sakura =X[dexo para pro aki neh, essis dois ja derum mtu peno p manga]

@Bobadaum: sorry mais n lembro d vc, pod ser ki t conheça de outro char... mais com esis nick n lembro de ninguem PM-me ^^

@Na moral: ta add (Y)

@Draken: Ta perdoado ^^, achu ki eu ki fikei te enchendo por msn neh o.O * nota: n atrapalhar o Draken enquantu eli revisa

@ Sakura: essa parte do Nao, senhor naum.. é tipo.. hmm. sabi quado alguem chama sua mae de senhora i ela fala : senhora naum, a senhora ta nu ceu, é por ai, eli tava falandu p n chamarem eli de senhor.. compreendeu a complexidade da "frase" [ o.O ].

 

 

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Oi povo ^^

vim ake avisar ke estou de volta dps de alguns problemas com minha conta. Entaum, resolvi dividir o cap 9 em dois, p/ n ficar mtu cansativo de ler bla bla bla wiskas sache e etc. Hoje msm pretendo passar para os meus keridos revisores a 1ª parte.

@Sakura: Ate ke enfim ^^"

@ Bobadaum: vc mi deu um sustu ¬¬ ain minha fic te prende *-* ki orgulho *-*

=**

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