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  1. Fala pessoal. Eu pretendo contar histórias do Ragnarok no meu novo canal. Passa lá e espia, ta muito legal. Deixa aí no fórum se tem alguma história que você quer que eu conte
  2. Recentemente, casei minha cigana com meu linker na minha acc de suporte, e surgiram algumas dúvidas sobre eu criar uma família de suportes. Essa minha cigana será totalmente para WoE, porém está me ajudando em muito no up de minhas outras accs com suas danças. Tendo casado com um SL, posso usar skill de bardo reduzidas quando quiser (ó grande bragi), mas mesmo assim pensei em criar um bardo baby. As dúvidas começam aí: 1- Ouvi um boato de que se uma Musa casar com um Menestrel eles poderiam utilizar dueto sem estar na mesma PT. Isso é verdade? Se for, poderei usar dueto com um Baby + a Mãe sem estar no mesmo grupo? 2- Em quais aspectos um Baby Menestrel realmente perderia pra um adulto? Teria alguma habilidade que eu não poderia usar / sua eficácia cairia muito? 3- É possível solar MvPs sendo um Baby Menestrel ou por conta de seus status menores seria extremante difícil? Como minha Musa será de WoE, pensei em fazer um tipo diferente de build ao invés de ser apenas o típico suporte. Pra falar a verdade eu nunca vi um baby solar um MvP, mas né, isso seria muito legal 4- Existe alguma diferença entre casar com um Bardo e adotar um? 5- Você acha que o Baby Bardo ficaria traumatizado ao ver sua mãe dançando e sensualizando de acordo com o ritmo de sua inocente música? Desde já, agradeço
  3. Pessoal eu tou montando minha build e gostaria de saber se ela está boa u.u Além de algumas recomendações e dicas, por exemplo se eu poderia trocar os pontos de alguma skill para por em outra Eu planejo fazer um trova híbrido/full mvp/pvm (Nem sei se isso existe mas ok xD) Então os stats ficariam no lvl 175: FOR 30 (Eu pensei em resistencia a status e espaço pra pots ^^) AGI 100 VIT 80 INT 120 DEX 120 SOR 9 (Resto) E as skills seriam essas: http://irowiki.org/~himeyasha/skill4/min.html?10FXJkrbckGObn2XaoakeAaqqnbsgNborAafcH1 Eu fiquei com muita duvida nas skills porque, na parte do menestrel pensei se valeria a pena trocar alguns pontos de vulcão de flechas pelas musicas e na parte do trovador eu não sabia quais skills eram uteis para PvM e MVP, além de não saber o que fazer com os restos que sobraram depois que, pelos posts que eu li, seriam as skills mais importantes de um trova.
  4. Olá pessoal! Sou relativamente novo no fórum, apesar da minha data de cadastro querer desmentir isso. Postei essa one-shot em um outro fórum e decidi que estava na hora de posta-la aqui no fórum oficial. Espero sinceramente que gostem dela =) Por favor, deem um feedback sobre o que acharam do conto. Críticas (desde que construtivas) são muito bem vindas e ficarei muito feliz em responde-las =) Agradeço também se vocês encontrarem algum erro e me alertarem sobre o mesmo. Perdão por quaisquer erros na formatação, achei um pouco difícil usar esse fórum. Nome da fic: História de Menestrel Autor da fic: Lucas (Lorde DS, NDS, ou só Lucas mesmo) Categoria: Aventura, Drama Sinopse: Após um quente dia de verão em Prontera, um Menestrel parte em busca de uma taverna, onde poderá tocar em troca de um prato quente de comida e alguns trocados. No entanto, pressionado pela platéia, o músico se vê obrigado a contar uma história. Ao escolher narrar o último grande feito de Flint, um dos maiores nomes do submundo de Midgard, o Menestrel prende a atenção de todos com seus detalhes minuciosos. História de Menestrel Era fim de tarde de mais um dia de verão em Prontera. Aquele fora um dia quente, abafado e ensolarado. O típico dia em que uma pessoa sensata evita ir ao sol e, se possível, se refresca como puder. Vendo o sol se pôr, o Menestrel despediu-se das crianças da periferiria, para quem estava contando algumas histórias, e guardou sua lira em seu estojo. Rumou em busca de uma taverna qualquer, lá com certeza poderia tocar um pouco e, em troca, ganharia um prato de comida quente e uns trocados. Não que precisasse daquele dinheiro, tocava por paixão, mas se o dinheiro viesse atrelado, melhor. O Menestrel atravessou algumas vielas, cruzou umas ruas e finalmente entrou em uma taverna, uma espelunca qualquer, suja e com tábuas que rangiam, daquelas que com alguns punhados de zeny você poderia beber da bebida mais barata e amarga que servissem. Ao entrar, procurou logo o dono, que estava limpando toscamente algumas canecas atrás do balcão. Após acertar seu pagamento, dirigiu-se até o salão e começar a tocar. Pela reação dos ouvintes, percebeu que não era muito comum haver música por aquelas bandas. Uma pena. Tocou e tocou, seu repertório variou entre doces melodias sobre o amor a “As aventuras de Tim-Tim”, um estereótipo de um cavaleiro burro e ambulante. Contudo, o que realmente fazia sucesso eram as canções de bar e as de marinheiros. Quando começou as primeiras notas de “Sozinho no mar com uma garrafa de rum” logo percebeu que não precisaria cantar, sua plateia o faria. Após cerca e uma hora e meia ininterrupta de cantoria, parou um pouco para molhar a garganta. Próximo à cadeira onde o músico estava, havia uma mesa com alguns amigos bem bêbados reunidos. Como todas as outras mesas que estavam prestando atenção ao show, aquela cantava desafinado e inventava algumas estrofes indecentes. Entretanto, nesta mesa havia um indivíduo peculiar, ele era alto e forte, com os músculos definidos, provavelmente fazia parte da guarda da cidade, deduziu o Menestrel. O homem musculoso tinha uma voz grogue de quem estava bebendo há algumas horas. - Ei bardo! Porque você não conta uma história pra nós? Acho que todos aqui queremo ouvir alguma história! Vamo lá! Tamo esperando! – O homem forte falou quase berrando, apesar de estar muito próximo ao músico. Ficou evidente ao Menestrel que aquele era o típico bêbado brigão, daqueles que se não tivesse os caprichos realizados usariam do seu tamanho pra arranjar briga. O músico terminou de engolir a cerveja que estava na boca, respirou profundamente e respondeu com grande calma: - Sou um Menestrel, seu obtuso. Mesmo pra um leigo como você, isso é mais do que evidente pelas roupas que trajo. O bêbado gargalhou tão alto que todos na taverna pararam suas conversas e se viraram para a confusão iminente. O homenzarrão cutucou o amigo ao lado com o braço e replicou: - Ob o quê?! – Gargalhou novamente – Eu pedi foi uma história, não uma aula, imbecil. – Falou a última palavra com desprezo. Bateu ritmicamente o caneco vazio na mesa de madeira e começou a gritar – História! História! História! – Os amigos o seguiram e logo todo o bar estava em um coro uníssono pedindo um conto. O Menestrel engoliu em seco sua resposta. Estava louco para mostrar quem era o imbecil, mas sabia que nada de bom ia surgir de uma confusão num bar de periferia. - Uma história? Certo. Deixem-me pensar em algo aqui um pouco. – Falou com amargura. A taverna lotou-se com vivas e assovios de aprovação. Todos estavam ansiosos para o que viria, não era comum alguém tão culto como o Menestrel ir para um local como aquele. O máximo que aparecia era um Bardo de início de carreira aqui e acolá. O músico realmente indagou-se sobre qual história iria falar. Não podia simplesmente contar uma qualquer, mede-se a instrução de um Bardo ou Menestrel de duas formas: pela habilidade musical e pela quantidade e qualidade das histórias conhecidas. Por fim, decidiu contar-lhes sua nova criação. Contudo, eles não estavam merecendo a versão rimada e metrificada, iria apenas contar-lhes a história. Se não fosse aquele imbecil bêbado, toda a taverna poderia apreciar, de fato, uma história de alto nível, uma oportunidade única para gente como eles. - Certo, já decidi. Entretanto, tenho apenas duas exigências. – levantou dois dedos, bem alto para que todos pudessem ver – Primeira: eu não tolero nenhum barulho ou conversa – falou de modo enfático, demonstrando repúdio – durante minha história. – Toda a plateia entreolhou-se e assentiu com a cabeça – E segundo: quero que todos, TODOS, prestem atenção, especialmente você, – apontou para o homenzarrão – não quero ser atrapalhado de modo algum. O Menestrel tomou mais um gole da cerveja, pigarreou e respirou bem fundo. Inspirou novamente, procurando concentração e inspiração. E então começou: - Aposto que todos vocês já ouviram falar do Flint, o maior dos ladrões. – a plateia agitou-se, começaram murmurinhos e cochichos. – Alto lá! O que foi que eu disse? Sem conversas, sem interrupções. – foi um momento engraçado, parecia que toda a taverna desculpou-se junta – Sei que ele é famoso e tem muitas histórias por trás, muitos mitos, muitas especulações. Sei que cada um de vocês sabe um pouquinho sobre ele, como não saber? Ele é O maior dos ladrões! Contudo, peço-lhes encarecidamente que, por favor, façam silêncio, e que também me perdoem por não ter feito ainda uma rima para essa história, ela é nova, e vocês não sabem como é difícil escolher as palavras certas. – Aquela era uma mentira, a história era de fato nova, mas o músico havia sim composto uma melodia, e rima, dignas do nível do acontecido. Mas isso a plateia não precisava saber. O Menestrel tomou outro gole da cerveja e recomeçou: - Bem, tenho certeza que vocês ouviram falar que a cerca de um mês atrás ele realizou um dos maiores furtos que Midgard já viu. Flint conseguiu roubar o tesouro do castelo de um dos maiores clãs da atualidade, bem debaixo do nariz deles! A história que vou contar-lhes é fruto de um mês de insônia, entrevistas e pesquisa de campo. Tudo o que vou contar é absolutamente verdadeiro, preparem-se! – O Menestrel começou a tocar um improviso qualquer na lira enquanto todos se reacomodavam nas cadeiras, inclusive o dono do bar. O Menestrel cursou-se para frente na cadeira, em tom de mistério, respirou fundo e começou: - O dia do ocorrido era dia de guerra. Dia onde os diversos clãs se digladiam pra conseguir manter posse de um castelo, e dos tesouros dentro deles. Magos, Paladinos, Ferreiros, Ninjas, todas as classes estavam nesse feudo, – apontou com o polegar para trás das costas – eu também estava, faço parte de uma guilda. As pessoas estavam mais inquietas que de costume, olhavam para todos os lados, desconfiados. Era sabido que Flint estava em Prontera, ou nas imediações, e a recompensa pela cabeça dele está valendo milhões. Ninguém admitiria, mas se vissem sequer uma sombra do suposto foragido, desertariam de seus clãs em busca do grande prêmio. A guerra prosseguiu com o usual: brilhantes magias, poderosos golpes, urros de dor, brados de batalha. Contudo, - passou os dedos levemente nas cordas da lira – foi ao final das lutas que as coisas realmente interessantes aconteceram. Flint é conhecido por muitas coisas, entre elas está a sua agilidade fora do normal. Alguns afirmam que logo após a trombeta e os sinos que anunciam o final da guerra soaram, viram um vulto negro passar pela cidade indo em direção aos castelos, uns comerciantes até dizem que sofreram furtos mais ou menos nessa mesma hora. Conversei com um espiritualista que participou das batalhas do Emperium, ele contou-me que sentiu uma entidade maligna se movimentando ao redor do feudo durante toda guerra. Seja como for, sei apenas que Flint foi muito engenhoso. O Menestrel fez uma pequena pausa, apenas um truque enfático, mas disfarçou tomando outro gole da cerveja. Deu um sorriso discreto ao perceber que todos estavam inclinados para frente em suas cadeiras. Prosseguiu. - Não sei se vocês estão familiarizados com o funcionamento dos sistemas de defesa e premiação dos castelos. Vou explicar rapidamente. – A afirmação fez surgir vários acenos de aprovação – Durante a guerra, o líder do clã pode acionar o sistema de defasa, que conta com os Guardiões, estes, por sua vez, ajudarão ao clã que domina o castelo a se proteger. Ao final da guerra, logo quando os sinos e a trombeta são tocados, os Guardiões são desativados e as portas que contém os tesouros são destrancadas, tudo controlado por um complexo sistema mágico. Foi exatamente desta falha na proteção que Flint tirou proveito. Sabendo que há a tradicional comemoração após a posse do castelo e que os robôs da guarda estavam inativos, ele espreitou até a sala do tesouro. Porém... – novamente o Menestrel fez uma pausa, entretanto desta vez foi mais abrupto. Ele deu um largo sorriso ao ver a cara de anseio dos ouvintes para saber o fim da história –... Porém quatro pessoas conseguiram vê-lo. – Os murmurinhos e cochichos apareceram mais uma vez, contudo o Menestrel não se irritou com isso, estava esperando que acontecesse. - Os quatro o perseguiram e o encurralam próximo às escadas que davam para a sala do tesouro, jogando-o de costas contra a parede e formando um pequeno semicírculo ao redor dele. Flint sacou sua adaga, apreensivo. Estava claramente em desvantagem. Cercado, não poderia fugir e, acima de tudo, não poderia deixar nenhum deles escapar. Praguejando sem parar, posicionou-se de tal forma que estaria de frente para cada um dos adversários: um Paladino, uma Mestra, um Professor e um Ninja, provavelmente cogitando se poderia dar conta dos quatro de uma vez. Os companheiros de clã estavam com armas em mãos, prontos para qualquer ação. Vendo-se sem opções, o ladrão fez um movimento rápido que congelou a todos e... - Como assim congelou a todos?! Como ele conseguiu congelar quatro pessoas de uma vez só? Só os Magos sabem como congelar as coisas! – A voz vinda do fundo da taverna cortou todo o silêncio, mostrando-se uma clara ofensa ao Menestrel. O músico fuzilou com os olhos o dono do comentário, um garoto de não mais de 16 anos, que já devia estar um pouco bêbado também. Querendo demonstrar estar menos consternado do que se sentia, o Menestrel continuou. - No mundo existem muitos segredos. Não me importo e não faz diferença o como ele os congelou, mas sim as implicações depois. – Pigarreou – Flint então matou seus adversários, começou com o Professor, prevendo que ele seria o primeiro a descongelar, logo depois veio a vez do Paladino e da Mestra e, por último, o Ninja. Esfaqueou os mortos com as armas uns dos outros e depois arrastou os corpos frios um pouco para longe, para tentar confundir quem visse a cena. Desceu a escada até a sala do tesouro, onde não teve muita dificuldade em livrar-se dos cadeados de proteção. – Fez uma longa pausa reflexiva – Não se sabe ao certo quanto Flint conseguiu roubar, mas sem dúvidas foi uma quantia irrisória. Os boatos sobre aquele dia não acabam por aí, alguns juram de pé junto que o viram fugindo, outros afirmam que ele matou um guarda da cidade antes de sair de Prontera. Seja como for, sabemos apenas que foi ele que cometeu o crime. Apenas ele conseguiria fazer o que fez. Acho que não preciso comentar que a cabeça dele está valendo um pouquinho mais depois desse evento. Houve um instante reflexivo. Os boatos diziam que havia tido uma grande briga, que Flint havia matado vários e se machucado seriamente no processo, mas as autoridades tentaram encobrir. Pelo visto, os boatos eram apenas boatos, exageros fora do normal. Todos acreditaram no Menestrel, afinal, ele não poderia ter inventado todos aqueles detalhes. Após a breve reflexão, houve uma chuva de aplausos e assovios. O Menestrel levantou-se da cadeira, fez reverências em agradecimentos, guardou sua lira em seu estojo e saiu da taverna. O Menestrel passou mais tempo contando a história do que imaginava, quando saiu para a rua percebeu que a cidade já estava dormindo. Caminhou entre as sombras, guiado apenas pela luz da lua, rumando a hospedaria onde estava estalado. Andou por um tempo incerto, até perceber alguns passos à distância. À medida que o músico caminhava, mais os passos se aproximavam. Quando decidiu que estava sendo seguido, o Menestrel instintivamente levou as mãos às costas, procurando seu arco, porém lembrou-se que o deixou na hospedaria. Reposou a lira no chão e sacou a adaga que sempre guarda consigo, ficando em guarda. O músico olhava para cada canto, cada sombra que se movia, qualquer barulho o deixava alerta. Não era a primeira vez que era assaltado, da última, quase fora morto. O músico percebeu um ser emergindo da escuridão detrás de uma casa. Posicionou-se pronto para atacar, esperando apenas o inimigo se aproximar. À medida que o perseguidor chegava mais perto, o Menestrel ficava tenso, sabia lutar com adagas, mas definitivamente não era sua especialidade. Ficou surpreso ao notar que quem o estava seguindo era o mesmo garoto que interrompeu sua história na taverna. O jovem, ao perceber a adaga do músico, estendeu os braços para o alto, demonstrando estar desarmado. O menino andava de modo trôpego, desengonçado, provavelmente havia bebido mais do que deveria. Estava com um sorriso tenso estampado no rosto, do tipo que surge quando se está em uma situação delicada. Vendo que o garoto estava desarmado, mas ainda desconfiado, o Menestrel fingiu guardar a adaga nas costas. - Calma! – risos – só quero conversar. – falou o garoto de modo claramente nervoso, quase gaguejando – É que eu estava pensando comigo mesmo, você sabe de muitas coisas sobre aquela história... A precisão dos detalhes é incrível! Sem falar que você sabe até as expressões que o Flint fez! Você sabe o que ele fez com os corpos, e que não teve dificuldade em destrancar os baús... Nossa! Até parece que você estava lá! – Por um momento o sorriso de excitação que existia no garoto sumiu. Ele estreitou os olhos e estudou o Menestrel, que estava imóvel, com a face neutra e fria. Um breve momento de tensão se deu antes do músico abrir um largo sorriso e começar. - Então você estava mesmo prestando atenção! Eu estava receoso de ter contado toda aquela história e ninguém ter reparado nos detalhes, você não sabe como deu trabalho coletar todas essas informações. – Falou o Menestrel falou com um largo sorriso no rosto, demonstrando afeição. – Com certeza você é mais inteligente do que o resto daqueles imbecis de lá. – apontou para a direção da taverna com uma mão – Você é letrado, não? O garoto riu um pouco antes de prosseguir. - Obrigado. É que eu tive a oportunidade de estudar um pouco quando criança, mas tive que largar pra poder me sustentar. - Sabe, gostei de você. Gosto desse tipo de pessoa minuciosa que presta atenção em tudo, em cada detalhezinho de nada. Isso vai te levar longe um dia, com certeza! Venha, aproxime-se – fez sinal com a mão para o garoto ficar próximo – Vou contar-lhe como eu soube de tudo aquilo, mas você tem que prometer não falar pra ninguém! – O Menestrel aproximou-se perto o suficiente do jovem para cochichar-lhe no ouvido – Eu sei de tudo aquilo por que... Eu estava lá. Antes de o garoto ter alguma reação, o Menestrel tapou-lhe a boca com uma mão enquanto cortava-lhe a garganta com a outra, fazendo de tudo para não sujar-se de sangue. O músico arrastou o corpo para um local um pouco menos visível, pegou sua lira e seguiu em direção à hospedaria cantarolando, enquanto lembrava-se do dia do grande roubo. - Acho que vi alguma por ali! – Falou o Menestrel apontando para a escada que levava à sala do tesouro – Rápido! Vamos averiguar! O Paladino, a Mestra, o Professor, o Ninja e o Menestrel largaram o seu pequeno jogo de cartas e foram correndo em direção à escada. Quando perceberam que havia, de fato, um invasor, cercaram-no, deixando-o de costas para a parede. O Desordeiro praguejou ao notar sua situação. - Então você deve ser o tão famoso Flint. – falou o Paladino de modo acusatório, com sua voz grossa – Quem mais teria a audácia de tentar roubar-nos debaixo de nossos narizes? - É impressionante o que as pessoas fazem por dinheiro e fama. – a Mestra falou de modo compassado, mas não tirando a acusação presente em sua voz – Tenho certeza que você está atrás de glória mais do que de dinheiro. Um breve sorriso de canto de boca surgiu no rosto do Desordeiro. Vendo que estava cercado, posicionou-se de tal forma que poderia atacar qualquer um. A ameaça que a adaga banhada em veneno que o ladrão portava fez todos recuarem um pouco, entretanto os companheiros de clã não desfizeram a formação ou deixaram de estar menos atentos. - Não devo explicações a ninguém. – O semblante do Desordeiro carregou-se de ódio, ele estava apreensivo, mas não deixava isso transpassar. – Se vocês querem me impedir, venham logo de uma vez. – Fez menção a cortar a garganta de algum deles. Um silêncio tenso tomou o local, sendo apenas contrariado pelo barulho da festa vindo de dentro da nave principal do castelo. Ninguém se moveu, a situação estava tão pesada que era quase palpável. Ninguém queria se arriscar a fazer o primeiro movimento. A tensão quebrada pelo Menestrel. - Sabe? Isso me lembrou uma piada. O que o Aprendiz foi fazer no Vulcão de Thor? – Não houve respostas, mas o músico sabia que todos estavam ouvindo, e achando que aquele era um momento impróprio. – Fugir de Kasa. – O Menestrel terminou a piada de modo seco. Os quatro companheiros de clã imediatamente congelaram, sem ter tempo para nenhuma reação. Vendo que o Desordeiro não congelou, o músico prosseguiu. - Cavalo-marinho... Boa escolha. Flint relaxou um pouco, desfez o cenho franzido e foi em direção ao Professor. Enquanto o degolava, começou a indagar-se. - Ainda não entendi direito porque matar alguns do seu próprio clã. Um furto teria sido mais efetivo. - Se você tivesse entrado, roubado e saído, sem ninguém perceber, iam surgir dúvidas... Eles pensariam que você teve alguma ajuda interna. – o Desordeiro sorriu, enquanto terminava de matar o Paladino. - Você está certo. Não queremos esse tipo de atenção. Quando terminou de cortar as gargantas dos congelados, o ladrão limpou sua adaga nas vestes do Professor e pegou as armas dos companheiros de clã. Feriu-os com elas, tentando confundir à primeira vista quem quer que visse a cena. Arrastou os corpos um pouco para longe da escada e virou-se para haver se alguém tinha visto tudo aquilo. - Então, - falou o Menestrel com a voz calma e confiante – nosso acordo continua de pé?
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