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MatchuK

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Sobre MatchuK

  • Data de Nascimento 05/07/1993

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Reputação

  1. Olha pessoal, estou me segurando por isso a anos, não sabia onde procurar mais, e portanto, resolvi começar.pelo próprio meio de comunicação, do ragnarok. Eu iniciei nesse jogo, a belos 10 anos, eu tinha apenas 11 anos de idade, e no começo do servidor Chaos, existiu um clâ chamado Einheriars. Eles me acolheram, me faziam companhia, eu cresci junto com eles, cheguei a ir em eventos do clâ, em São Paulo. Foi fantástico... não eram um dos maiores clâs do Servidor, mas eram a Minhha casa. Depois de alguns anos, eu parei de jogar, hackiado, os abandonei, afinal, eu era uma criança... Não existiam redes sociais, apenas o orkut, que era uma piada. e anos depois eu retornei, e enfim, sinto muitas saudades, muitissimas, foram tempos que me marcaram. E eu realmente gostaria de achar os ex-membros da Einheriars. Se alguém conhecer alguém, ou você mesmo, tiver jogado ou se lembrar de la, por favor, poste aqui (: Estarei muito empolgado aguardando, espero que tenha sobrado alguém... =)
  2. Repassando, por um pedido feito por ele. Carta Aberta ao Servidor BRO-Thor São Paulo, 9 de julho de 2014. Tive notas baixas e minha mãe disse que não vou poder logar mais no Rag por 6 meses Bull, disse um menino acima de 12 anos; minha esposa adoeceu e não posso mais jogar este jogo que me distrai há anos e que tanto gosto, tenho que me dedicar a ela Bull, disse um homem de mais de 40 anos; Minha família está em dificuldades financeiras, não tenho como pagar a internet Bull, como vou viver sem a Vendetta, disse um garoto acima dos 20 anos; Bull, tantos anos com você, mas chegou época de vestibular, nunca faltei guerras, mas não posso estar mais contigo, tenho que estudar, disse um rapaz acima de 18 anos... A maior dor de um jogador de Rag é não poder jogar Rag, mas pelo menos, em todos os casos acima e de tantos outros, cada qual pôde ou poderá um dia retornar. Infelizmente talvez eu não tenha essa sorte. Ragnarok não é um jogo apenas. Quem viveu Rag como realmente se deve o viveu de corpo e alma e sabe disso. É insubstituível. Não há gráficos, tecnologia e recursos extras que o superem, está além de um upgrade, é a outra face da mesma moeda de nossas vidas reais, reflexo profundo de inquestionável realidade de nós mesmos impresso expressamente neste espelho mágico que nos torna guerreiros, místicos e magos em um mundo colorido à lápis de cor, retrato revisado de vidas em preto em branco. O Rag entra em nossas vidas sem importância, quase sem valor. De alguma forma, que ninguém consegue explicar claramente, você vai esticando seu tempo em favor dele, mesclando sua vida real à dele, a tal ponto que seus relacionamentos, suas ações e reações passam pela tela e ganham vida e se tornam, às vezes, mais reais que a própria realidade. Aprendemos novos sentidos, educamos nossos sentimentos, evoluímos sensações e, sem querer, mergulhamos em nós mesmos, nos conhecendo profundamente e a tal ponto que nosso Rag se mescla e adere a tudo que nos rodeia, se tornando parte integrante de nossas vidas. Quem não conheceu um grande amigo no Rag e tem nele a sensação de amizade eterna e ilimitada sem nunca ter, se quer, visto este amigo. Alguns encontraram os amores de suas vidas no joguinho 2D, grupos de amigos viraram famílias com laços indissolúveis acima até de suas famílias verdadeiras. Só quem joga Rag entende o que eu digo e aqueles que consideram o que leram até aqui um exagero ou um delírio, não sabem nem tiveram o prazer ou a sensibilidade de viver esta maravilhosa experiência do Ragnarok e apenas perdem seu tempo nele, desgastando sua magia dia após dia. Anos de Rag... Anos de Vendetta... Meu clã, extensão de minha vida, de minha família, evolução de meus sentimentos como ser humano, escola de amor. Como eu queria poder dizer que poderia voltar um dia como aqueles que exemplifiquei com suas necessidades, mas não estou indo embora porque quero, mas porque não tenho outra opção. Infelizmente, se de um lado tive o imenso prazer de conhecer pessoas maravilhosas dentro deste jogo, de outro pude conhecer o pior de tantas outras. A verdade das pessoas inevitavelmente vem à tona no Rag. Se encontrei um grande amigo que me presenteou com sua eterna lealdade, também encontrei os piores inimigos de que se pode ter, invisíveis e letais, maledicentes, invejosos e doentes. Se de um lado encontrei um universo de amor, de outro presenciei ondas de ódio inexplicáveis se formando e batendo contra os muros de nossos castelos. Hoje percebo meu erro embora não pudesse francamente tê-lo evitado. Podemos conhecer no Rag todo tipo de pessoa e esta é a riqueza suprema que o jogo nos dá, mas também pode ser a suprema ruína moral. Encontramos todas as diferenças em um só lugar, de gênero, raça, idades, orientação, educação e localidades completamente diferentes, mas não só isto, é muito além disto. Abrimos nossas portas sem critérios para recebermos de tudo. O problema é que neste “tudo” podem vir pessoas cheias de “nada”, vazias em suas vidas, sem referências, valores ou satisfações. A corrupção é inevitável. Todos já ouviram falar daqueles que chamo gentilmente de “fanáticos da Vendetta”, hoje posso defini-los, mas não sem antes definir minha Vendetta, pois, no oposto de sua definição estará a descrição clara destes seres. Vendetta é uma família sim. Com tudo que uma família dispõe, para o bem e para o mal. É uma escola de amor, de valorização de nossos bens mais caros, uma referência de caminho, um farol, um porto seguro, um lugar pra voltar, nossa casa. Quem é Vendetta sabe disso. Quem entra aqui recheado de emoções e repleto de valores vem compor tudo isto, nos tornar mais completos. Mas aqueles que nada têm, sem referências, sem valores, repletos do nada, estes, diante do tanto que não podem conter se confrontam com a realidade do vazio de suas vidas e, sem poder alterar esta realidade, já que o vazio nada contém, só podem viver do todo que nunca poderão ter, invejando-o dia a dia, achando que corrompendo o todo, deixarão de serem vazios. “O ser é. O não ser não é. Se o ser não fosse, o não ser seria.” Jean-Paul Sartre, Escritor e Filósofo Francês. “Ser” Vendetta. Somos repletos de pessoas que “são”. Àqueles que nada são voltarão para seu imenso e infinito vazio do “não ser”, nada mais justo. Como Líder da Vendetta durante todos esses anos, tive o prazer de ver meninos crescerem dentro de nossos muros, pude participar de sua educação e formação, pude assistir o desenvolvimento de tantos e o crescimento de muitos. Cada menino que pude de alguma forma servir de referência ou ajuda fez valer tudo que vivi neste jogo. Também como líder fui diversas vezes ofendido, ameaçado, xingado e humilhado por tantos “não ser”, mas nunca havia passado dos chats, PMS ou fóruns de discussão para a vida real. Tive, no decorrer destes anos, de suportar ofensas descabidas extensivas a mim e aos que amo além da própria conta, mas nunca haviam chegado a nossas vidas reais. Minha companheira, minha mulher, amiga e parceira de vida já amargava há anos ofensas de toda parte destas pessoas maledicentes que infelizmente estão entre nós no Rag, mas desta vez os limites foram ultrapassados. Durante uma guerra ela recebeu uma PM conhecida dizendo que sua imagem e seu número de celular seriam colocados em sites pornográficos (sim, temos SS), mas como tantas ofensas que já recebeu de tantas pessoas gratuitamente ela, inocentemente, pensou que tal pessoa não chegaria a tanto. Isto ocorreu no domingo. Segunda-feira seu celular amanheceu repleto de imagens, vídeos e mensagens para ela como se ela fosse uma garota de programa. Para resguardar sua privacidade e sua integridade moral, registrou queixa e tal ocorrência não pôde ser ocultada de sua vida profissional, haja vista que ela lida com crianças em ensino fundamental e não poderia correr o risco de que tal situação pudesse atingir a instituição que trabalha. Por conta disso, afastou-se de sua paixão, suas crianças. O que mais poderá vir por aí? Que imagens mais dela ou minhas poderão ser expostas a público neste poderoso instrumento que é a internet? Para uma pessoa que domina este meio é fácil, por trás de uma tela acabar com a vida digna de outro ser humano por puro prazer. O que podemos fazer? Nada. Diante de pessoas assim somos impotentes e vulneráveis e, portanto, somos obrigados a nos curvar a suas vontades mais baixas, sem escolha. Se saímos do Rag agora é por não podermos arriscar nossas vidas pessoais apostando na compaixão humana que, para alguns, parece não existir. Não se trata apenas de medo, mas de responsabilidade que temos para com nossos entes queridos que nos rodeiam, não podemos deixar que pessoas brinquem com nossas vidas a seu bel prazer. Faço aqui um pedido formal a todos aqueles que nos tem algum carinho ou respeito e mesmo aqueles que nem isso tem que, POR FAVOR, não repreendam ou acusem ninguém em nome de nossa própria segurança. Não sabemos o que mais poderá surgir contra nós e, portanto, imploro pelo bom senso e pelo mínimo de humanidade. Temo mais do que por mim, mas pela mulher que amo que, quero lembrar aqui, é mãe de um menino ainda criança que pode eventualmente também ser exposto a isto tudo. Pessoas assim não têm limites, protegidas como estão atrás de suas telas, por favor, apenas nos esqueçam, dentro de alguns meses não passaremos de uma história qualquer, ou melhor, de uma grande piada. Aos órfãos da Vendetta só posso deixar meu agradecimento eterno por terem me dado alguns dos melhores anos de minha vida em sua convivência. Saio do Rag sem que ele saia de mim jamais e saio com uma dor insuportável no coração e uma saudade que nunca diminuirá assim como meu amor que é eterno por cada um de vocês. Sábado próximo faremos nossa última guerra de despedida do clã e do Ragnarok e, a partir da semana seguinte, terei de aprender a viver sem parte de minha própria vida. Agora, alguns dos últimos momentos desta família que faço questão sejam divulgados e que terão sua compreensão dada a quem realmente importa. Um menino ontem desengatilhou uma arma por minha causa e passou a “ser” humano; uma moça linda saída de um AVC, recuperando os movimentos das mãos, ontem dedilhou o violão cantando uma música para mim; um rapaz de boa família, educado e com todas as portas abertas para a vida chorou pra que eu ficasse; um homem adulto, responsável e justo ficou de luto; um menino com tamanho de homem chorou tanto que sua mãe veio até mim pedir que eu não o deixasse; outra mãe de um gigante agradeceu por eu tê-lo ajudado a ser ainda maior do que ele é; outros meninos em tão pouco tempo temem perder o caminho de casa; um rapaz forte, bonito e gentil disse que fui o único a reconhecer seu valor; um outro só joga por mim; outro lá só está pela Vendetta; o amigo que irá onde eu for; a mulher perfeita que existe só para mim; a menina sem rosto que encontra o sentido das coisas; o novo amigo que faz juras de esperar para sempre minha volta; o rapaz que queria que tudo fosse justo e perfeito não sabe como viver sem nossa casa; outro desesperado quer me esconder em seu bolso; um menino grande cheio de desculpas se desculpou mais uma vez sem saber o quanto me desculpo por não poder mais estar com ele; outro esbraveja palavrões clamando justiça num mundo que nem sempre é justo; a mão forte da verdadeira mulher que se estica para me levantar na hora que caio ao chão. Esta sim é um pouco da verdade sobre a Família Vendetta. Tantos filhos... Obrigado por darem a este homem sem descendentes o valoroso e nobre título de pai. Àqueles que desejaram ou contribuíram de alguma forma para este fim. Parabéns. Causaram a nós a profunda dor da perda, mas fica aqui registrado que se sentimos esta dor é por que tínhamos realmente algo a perder e somos felizes por isso, por não vivermos em um eterno vazio de alma. Há coisas que vocês jamais terão nem poderão se quer tocar, posto que já tiveram diante de seus olhos tais joias e não as reconhecendo como tais, passaram por elas sem “nada” levar. O vazio nada contém. Tyler Bull Líder da Vendetta Vendetta, Além de um clã.
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