Torna-se até um pouco trivial, de tanto que lemos ou assistimos notícias sobre toda a sorte de crimes, mas nunca houve destaque para crimes cometidos online ou em razão de atividades nos mundos Online espalhados por aí (salvo raras exceções). Começarei com os crimes financeiros: aposto que muitos de vocês já ouviram falar em Especulação Financeira nas Bolsas de Valores. Já viram sua aplicação online? É um procedimento cruel!
A pessoa monopoliza um determinado produto, comprando todos os semelhantes. Depois ela divide esses produtos entre seus alts e com eles coloca na AH. De volta ao main, vende no Trade Channel com um preço um pouco mais baixo que o que ele definiu na AH (note que só tem produto dos alts dele lá), criando uma alta artificial para o produto. Ao atingir certo lucro, ele retira todos os produtos da AH que não tiverem sido vendidos (principalmente quando começam a pipocar concorrentes) manda pro alt e recoloca na AH por um preço ridiculamente baixo, forçando dessa vez os preços para baixo.
Nessa, ele loga denovo no alt e tenta comprar o produto dos concorrentes conversando diretamente com os vendedores, apontando o valor atual na AH. Alguns caem, outros não, o que importa é ter material por um custo menor do que o de mercado pra poder repetir o procedimento novamente na próxima onda.
Fazendo agora a ponte pro mundo real, tivemos aquele caso de seqüestro do garoto por causa de Gunbound! Se você não leu isso, veja aqui.
Uma nova praga também é a dos e-Picaretas, meu maior estímulo para escrever esse texto. Esse pessoal veio pra provar de uma vez por todas que os crimes no Brasil são cometidos por um instinto básico de ser pilantra que aparentemente assola uma quantidade alarmante de brasileiros. É a vontade simples de passar a perna nos outros, sem necessidade.
Isso acontece de várias maneiras: a pessoa compra algo de outra e não paga, o que é o mais fácil de contornar e a alternativa um pouco mais complicada: uma pessoa vende uma conta ou personagem, recebe e depois toma a conta de volta. Por ser o legítimo dono, o vendedor tem certa facilidade em recuperar sua conta original, confirmando uma pletora de dados como CD Keys, endereço, telefone, cartão de crédito usado para ativar a conta originalmente e assim por diante. As Softhouses definem que nada virtual hospedado em seus servidores é de posse de outra pessoa que não a própria Blizzard, de forma que não é permitida a comercialização desse tipo de coisa. Mas isso é só o que eles acham, afinal você pagou, gastou seu tempo e assim por diante e se você quer vender, go for it!
Vou aproveitar e passar algumas dicas para ter uma maior segurança nesse tipo de transação: primeiramente, deve-se obter do vendedor TODOS os dados referentes à conta – CD Keys, pergunta / resposta secreta, endereço. Note que ainda é possível ao vendedor recuperar a conta se ele ainda tiver acesso ao cartão de crédito original que ativou a conta. A não ser que tenha sido um gamecard.
Se o seu objetivo ao comprar a conta foi apenas um personagem, uma boa defesa é transferir o tal personagem para uma conta nova, criada por você, com seus dados e ativada por um gamecard (para evitar o banimento de sua conta original em caso de disputa de propriedade).
Uma boa forma de causar uma certa intimidação e diminuir os riscos, é ter contato direto com o vendedor. Ter seu telefone, endereço, inclusive finalizando a transação através de telefones FIXOS, os quais você pode confirmar o endereço através dos sites da Telefónica, Telemar, etc.
Se você já tomou na cabeça em alguma transação dessas, o que você pode fazer? Se você não se importar em não ter a conta de volta, pode forçar uma disputa de propriedade nela que levará ao banimento permanente. Você não recupera a conta que comprou, o cara que te deu o balão fica sem também. Gostou do texto? Odiou? Quer mandar um beijo pra Xuxa? Não tenha vergonha, clique aqui e discuta!
Atualizado em ( 04-Set-2007 )
Texto tirado do Portal MMOBrasil