A antiga escada de madeira rangia a cada vez que Teté descia um dos degraus.
Que escada velha. O líder do clã já deveria ter trocado isso há muito tempo.
Conforme ia vencendo os últimos lances da escadaria, a porta do bar se tornou mais nítida. Era em forma de arco e tinha sido pintada de azul. Próximo ao umbral, um pequeno sino foi instalado de maneira que, ao abrir ou fechar a porta, ele tocava. Não era um som desagradável, mas Teté pensou que ouvi-lo um dia todo deveria ser bem enjoativo.
Ao abrir a porta ela imediatamente sentiu o cheiro de pão de cevada saindo do forno. Seu estômago reagiu ao aroma, afinal, não havia se alimentado durante toda a manhã, mas não havia tempo a perder, ela precisava encontrar pistas que indicassem o possível ladrão de limões.
Teté passou os olhos por todo o salão e avistou somente as mesmas figuras de sempre: Yurik, Renzel e Pudim jogando cartas e bebendo vinho de frutas; Soul dedilhando um alaúde verde escuro e cantando algo sobre ...seus olhos são mais belos que a Lua... para uma menina aleatória e Letícia, que estava sentada no balcão do bar concentrada em um livro sobre "Curas Efetivas".
Depois de uma rápida vasculhada no ambiente, ela entendeu que ali não haveria pistas que pudessem ajudar. O jeito era partir para Morroc e encontrar alguns "velhos conhecidos" que sabiam de tudo o que acontecia em Rune Midgard.